Sobre o jogo da vida...

Começaram os jogos olímpicos.

Admiro nossos atletas, que vão alem do esforço físico para alcançar a oportunidade de poder participar de uma das maiores competições do esporte mundial.
A luta não é somente pela vaga, esse seria o ideal. Só que no Brasil nossos esportistas lutam contra a falta de local adequado para treinar, lutam contra a falta de dinheiro para se manter, lutam contra a falta de patrocínio.

Para eles, minha maior admiração por ainda assim seguirem de cabeça erguida atrás do objetivo. Que agora, dentro do próprio país, consigam o melhor em cada minuto competindo!

Mas minha torcida se estende um pouquinho mais... Desta vez ela também é declarada à cada 'atleta' brasileiro e doce que está em todo canto verde e amarelo.

Modalidade olímpica nesse país tem sido corrida atrás de tiras testes, salto em obstáculos para garantir um análogo de insulina, revezamento mensal de disponibilidade de insumos.

'Doping' aqui é garantia de vida: um dia sem insulina leva à 'glicemias dessincronizadas' e não queiram imaginar as consequências disso!

Os cinco anéis olímpicos entrelaçados representam os cinco continentes.

(Anéis Olímpicos Parque Madureia - Foto: Walter Pereira)




Pois faço proveito do número e cito as cinco complicações mais frequentes causadas pela falta de controle do diabetes:

- neuropatias (complicações neurológicas);
- nefropatia (complicações nos rins);
- cardiopatia (complicações no coração);
- retinopatia (perda parcial ou até total da visão);
- doença arterial periférica (redução do fluxo de sangue para os pés).










Conhecimento é fundamental e não me canso de dizer que faz parte de um tratamento eficaz; não seria desta vez que eu me eximiria de levantar essa bandeira.

O fato é que somente conhecimento não traz eficácia e garantia de saúde. A realidade da falta constante do que é básico para cada pessoa que vive com diabetes é dura e pode trazer problemas irreversíveis.

O diabetes não é sentença, a falta de recursos é.
A falta de insulinas, de tirinhas, de médicos especialistas e de educação em diabetes é.
A falta de respeito é.

De novo: prezo pelos nossos esportistas, dedicados, incansáveis.
Mas enquanto a saúde ficar de lado, não temos medalha de ouro.
Enquanto o diabetes não for tratado com a atenção devida, não temos prata.
Enquanto não houver prioridade no trato com os diabéticos, nem o bronze vale.

Até lá, fico com este símbolo aí:

Meu grito é azul. Minha torcida é azul.
Meu time é azul e essa competição segue até que cada um tenha condição de chegar ao pódio em segurança.


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